quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Operação Caçadores de Relíquias!


Olá pessoal, como estão?

No início deste mês fui a Piracicaba junto com meu tio ajudar a arrumar as coisas que eram da minha avó. Coincidentemente, fomos até lá no dia em que completava uma mês do seu falecimento. Já falei um pouco sobre D. Ada em um post aqui do blog, ela gostava muito de costurar e tinha muitas coisas, um verdadeira acervo de tecidos, linhas, agulhas, botões, etc etc e etc.

Fui até lá convicta de que minha avó está bem, em um lugar muito bonito, onde ela não precisa mais destes pertences que deixou aqui e tenho a certeza de que ela gostaria que suas coisas fossem distribuídas a quem fosse valoriza-las ou delas realmente necessitasse. E foi assim, pensando em separar e organizar que começamos a operação, eu, meu tio Paulo e minha prima Debora.


Nos propusemos a mexer em dois quartos, o quarto proibido (chamo assim, porque desde criança, acho que entrei lá apenas uma ou duas vezes, lá minha avó guardava suas coisas e não gostava que ninguém mexesse) e o quarto da minha avó. Encontramos muitas coisas e no início nem sabíamos por onde começar, mas aos poucos fomos separando o que podia ser útil do que, com o tempo (e os cupins), acabou sendo deteriorado e já não tinha mais uso.

Separamos por categorias, botões, tecidos, linhas, rendas, etc. Objetos que foram sendo adquiridos ao longo do tempo e que contam a história da minha avó. É claro que encontrei algumas preciosidade e as trouxe comigo. Pretendo utiliza-las e transforma-las, porque as recordações da minha avó vão muito além disso e estão guardadas em um lugar especial, aqui dentro, no meu coração.

Encontramos um pote cheio de trabalhos de Frivolité, uma técnica que conheci realmente a pouco tempo (procurando vídeos no youtube) e fiquei apaixonada. É uma pena não saber mais da história de cada uma dessas peças, mas a respeito delas, sei que quem as fez foi uma amiga da família chamada Vina.


Resgatei também este livro de bordado da Singer de 1927, que estava em meio a muitos outros papéis antigos de moldes que acabaram sendo jogados fora. Não sei onde foi adquirido, mas é fascinante... Infelizmente não está em bom estado, mas pretendo manda-lo para restauração assim que possível. Achei divertida a imagem da mulher, triste costurando com o bastidor e feliz da vida sentadinha em sua máquina de costura!


Eu trouxe também alguns tecidos, dentre eles os da foto. Infelizmente não sei se são mais novos ou antigos, adoraria saber! Todos foram lavados, alguns estavam com furinhos ou com a fibra pouco resistente e acabei tendo que descarta-los. Ainda assim, muitos serão aproveitados e estou cheia de idéias!


Enfim, minha viagem teve como motivo um fato triste, o falecimento da minha avó. Mas fui sem pensar em tristeza, fui apostando na aventura de saber o que encontraríamos por lá, com este meu espírito curioso, que sempre quer saber o porquê de tudo. Tenho certeza que D. Ada preferiria assim. :D

Recadinho pra família:
Meu muito obrigada a Magali e ao Carlos por terem nos recebido! (com direito a coxinha e nhoque, que delícia!) Paulo e Debora, foi ótimo passar esse tempo com vocês. Célia, adorei a aula de costura! Ana e Gustavo, parabéns pelo batizado do Miguel, ele é lindo! :) Foi muito bom encontrar todos e ver a família reunida, obrigada!


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Banquinho Forrado


Oiê!

Hoje vim mostrar mais uma reciclagem que fiz aqui em casa.


Esse banquinho era preto e bem mal acabado, o plástico tinha algumas rebarbas, além de ser muito pouco resistente. Era do apartamento dos meus pais, onde eu morava com meu irmão antes de casar. Como os bancos da cozinha estavam muito velhos, meu pai comprou quatro desses de plástico para serem usados provisoriamente. O problema é que eles dobravam as pernas pra dentro e eu e meu irmão tomamos tombos feios durante as refeições. Um belo dia meu pai, que estava passando o fim de semana conosco, caiu e bateu com a cabeça na geladeira! Minha mãe pensou que ele estava tendo um infarto e tomamos um grande susto! Resultado: depois disso, tchau banquinhos, foram aposentados e ficaram de castigo num cantinho da casa.

Quando me mudei, depois de casada, trouxe um banquinho pra servir de criado mudo. Sabem como é, casa nova, os móveis vão sendo comprados devagar. Mas ele tava muito sem gracinha e decidi dar a ele uma cara nova. Por coincidência, encontrei um saco de retângulos pré cortados, daqueles projetos que a gente idealiza, para no meio e deixa esquecido no fundo da gaveta. Pronto! Decidido, meu banquinho seria de retalhos!

Usei cola branca mesmo, dessas de rótulo azul. Como a minha estava bem velha e espessa, misturei um pouquinho de água e fui aplicando os tecidos. Cola, paninho e cola por cima. Na hora fica branco e parece que não vai dar certo, mas quando seca, fica transparente e dá vontade de sair colando tecidinho pela casa toda!


E é isso, você precisa da superfície a ser forrada, vários retalhos, cola branca, um pincel, vontade e bastante paciência! De banquinho perigoso, virou meu criado mudo de estimação e o que era provisório, agora é definitivo aqui em casa. Todo mundo vê e logo quer saber como foi feito :)

*Destaque especial pro vaso de flores, que na realidade é um penico. Minha avó materna pinta porcelana e, a exemplo dele, faz coisa maravilhosas. Quando casei, ela ficou preocupada que aqui só tem um banheiro, e pintou um lindo penico para qualquer emergência. Por enquanto, ele está em posição de destaque na nossa sala, servindo de vaso pra nossa florzinha ;)